Sabemos que o bicho-homem é um saqueador. Utiliza-se dos recursos naturais como se eles fossem infinitos. Faz do ambiente um supermercado gratuito, do qual tudo se subtrai, nada se repõe. 

Onde não existe árvore, também falta saúde. Quando o município da capital, por inspiração do Prefeito ecológico Ricardo Nunes, insiste num intensivo plantio arbóreo durante o ano de 2025, é porque está preocupado com a higidez da população. Com o bem-estar dos paulistanos que têm morrido devido às ondas de calor. É óbvio que tudo tem uma vertente econômica: os bairros arborizados são os mais valorizados. Mas o principal é a saúde física e mental dos paulistanos.

São Paulo tem cerca de 650 mil árvores nas ruas. Mas é preciso muito mais. Principalmente nas regiões áridas, onde a temperatura pode chegar a dez graus acima àquela registrada nas áreas cobertas de verde. O Prefeito ainda ordenou a expropriação de mais trinta e duas áreas verdes, para que São Paulo atinja 26% do seu território coberto de árvores. 

Com isso, a maior cidade do Brasil alinha-se ao PlaNAU, plano nacional de arborização, para que todo o território brasileiro leve a sério a arborização urbana essencial à proteção da água e do solo, redução dos processos erosivos, combate à poluição do ar e sonora, requalificação da paisagem e promover significativa melhoria na saúde da população. 

Como plantar árvore não necessita de sofisticada especialização técnica, é importante que a cidadania se aproprie dessa política de salvação da humanidade. Não é o planeta que corre risco se o cataclismo climático se agravar ainda mais. É o ser humano, que deixará de contar com este único habitat disponível, onde se desenvolve a aventura da vida racional há milhares de anos.

Seja responsável, seja consequente: plante árvores!

José Renato Nalini - Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.