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Idéia não é formar só esportistas "Nossa preocupação é não apenas dar condições ao jovem de aprender uma profissão, mas também torná-lo um cidadão" Criar um programa diferenciado para aprendizes que cumpra todos os requisitos legais e, ao mesmo tempo, avance na formação de jovens envolvidos e seja adequado para a atividade esportiva. Esta foi a preocupação do Sindi Clubes ao elaborar este projeto. O diretor-executivo do Sindi Clubes, Armando perez Maria, explica que para criar um programa específico a entidade procurou não apenas a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e o Ministério do Trabalho, como também entidades como o Sesi, Sesc e Senac para obter orientação. Descobriu que não havia cursos adequados à realidade dos clubes e partiu para a criação de um programa específico para atuar neste campo. Foi criado o cargo de orientador, que supervisiona o desenvolvimento das atividades dos instrutores que são encarregados de ensinar aos aprendizes dos clubes todo o conteúdo teórico e prático. "Nosso programa foi homologado pelo Ministério do Trabalho, pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), diz Perez Maria. O diretor executivo da entidade ressalta a importância do trabalho de auditoria instalado desde o início das atividades do projeto que garante a adoção integral do programa nos clubes que estão aderindo a ele. "Nossa preocupação é não apenas dar condições ao jovem de aprender uma profissão, mas também torná-lo um cidadão." Estímulos e ambição - O consultor do Sindi Clubes criador do projeto, Reginaldo Teixeira Rosa, reforça este objetivo ao arfimar que o programa utiliza o esporte para ensinar noções de autonomia nos jovens de acordo com regras ditadas pela ética. "Ele vai aprender que pode ter ambições maiores e que devem estudar não só para se tornar esportistas ou professores de educação física." Para Sérgio Picasso, supervisor de programas e eventos esportivos do Clube Paineiras do Morumby, todos os envolvidos no projeto, instrutor e supervisores, acabaram tornando-se multiplicadores das informações que obtêm nos cursos e que são ministradas através da andragogia, que engloba técnicas específicas para ensinar adultos. Perspectivas - Além de multiplicar o programa de aprendizes em outro clubes, o Sindi Clubes pretende, a médio prazo, formatar o projeto para clubes especializados em atividades culturais. (PC) Acima, os aprendizes Douglas de Lima Araújo Pereira (esq.) e Fábio Roberto da Silva que, além de aprender uma profissão, também estão transformando os voluntários (abaixo) do projeto, como Picasso, Teixeira Rosa e Fernanda, todos da "escola" instalada no Clube Paineiras. |
Reginaldo Teixeira Rosa, |
Armando Perez Maria, |
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Sérgio Picasso, supervisor, |
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Aliar formação esportiva, técnica e humana para transformar jovens carentes em cidadãos. Este é o diferencial oferecido pelo projeto para aprendizes que os Clubes de São Paulo elaboraram. Através do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindi Clubes), meninos e meninas de 14 a 24 anos têm a oportunidade de, durante o período de dois anos, transformar suas vidas e se preparar tanto para a vida profissional quanto para a pessoal. O programa de aprendizes formatado para os clubes paulistas, batizado Programa Menor Aprendiz em Esporte, foi elaborado em maio do ano passado pelo Sindi-Clibe, comptempla atividades teóricas e práticas em diversas áreas e está começando a ter a adesão de grandes clubes. Doze deles já encamparam o projeto oficialmente, beneficiando cerca de 200 jovens até agora. Entre os adolescentes beneficiados está Fábio Roberto da Silva. O jovem de 16 anos, que já gostava de esportes antes de entrar para o programa dentro do Clube Paineiras do Morumby, afirma que teve sua vida transformada desde que aderiu ao projeto no ano passado. Para ele, esta é uma oportunidade para concretizar seus planos de continuar estudandoe de fazer a faculdade de Educação Física. Fábio conta que as atividades desenvolvidas pelo clube, como as aulas teóricas e práticas, e o contato direto com os frequentadores do espaço o estimularam a lutar para realizar o sonho de ser professor de educação física e atuar em clubes. E a rotina diária de ir para a escola e depois para o clube e desenvolver todas as tarefas, como acompanhar alguns sócios em atividades esportivas e assistir as aulas práticas, também o ajudaram a adquirir disciplina. Ele conta, orgulhoso, que "antes de entrar no programa tinha que pedir dinheiro para a minha mãe e agora tenho o meu. Agora, vejo as atividades no clube e isso fez o desejo de ser professor de educação física aumentar". No segundo ano do Ensino Médio, Fábio gosta de video-game, como todo jovem da sua idade, e de sair com os amigos. Segundoele, o relacionamento com a família também melhorou desde que entrou para o programa de aprendizes do Sindi Clubes. "Estou mais responsável e brinco menos." Engenharia - Este é o sono profissional de Douglas de Lima Araújo Pereira. Aos 14 anos e há três meses no programa, ele já sabe o que quer para o seu futuro. Apesar de gostar de todos os esportes oferecidos pelo Paineiras e já conhecer bem as regras de tênis, o jovem aprendiz demonstra bastante segurança ao contar seus planos profissionais. "Acho que agora sei o que quero. Estou mais responsável, acordo mais cedo e consigo fazer tudo o que a escola manda e as tarefas no clube", diz. Na oitava série do Ensino Fundamental, Douglas afirma que a família está contente com esse novo estilo de vida. Influências - O programa de aprendizes ajudou a transformar outras pessoas no Clube Paineiras. Os funcionários que se envolveram com o projeto e que receberam os jovens desde o início das atividades dizem que também foram influenciados positivamente. Este é o caso da assistente administrativa Adriana Rodrigues. Ela é voluntária e participa das aulas ensinando noções de administração aos jovens. "Comecei a conhecer também a vida dos meninos e meninas e passsamos a conversar sobre outros temas e também tem muito a oferecer, conta a voluntária. Esta também é a opnião de Fernanda Kerber Nogueira Garcez. Analista de recursos humanos e orientadora do Projeto Aprendiz em Esporte, ela tem convivência diária com os jovens participantes. "Ajudei a elaborar as aulas e vejo o progresso deles", conclui. |
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